terça-feira, 15 de setembro de 2009

120

É como se fosse um tango, toca cada cantinho dos meus sentidos. Sem deixar muitas escolhas por onde ir.
Mais um gole de vinho:
- Me diga, por onde sua mente a de ir?
- A de ir a onde ela desejar, até o pensamento mais sombrio ou até mesmo a um desejo mais delirante.
- O que você ganha com isso?
- Eu ganho a experiência do existir, se é que existir faz alguma diferença.
Então ela se vira, pega mais uma taça de vinho e acende seu cigarro e da um leve sorriso cínico sabendo que sua morte está a chegar.
- Hoje não estou afim de me sentir sóbria.

D.G.